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segunda-feira, agosto 22, 2005

Portugal ---> breve análise 

Não é novidade para ninguém, faz tempo que as finanças deste país não estão de boa saúde. Fazendo parte da União Europeia, este é o caso típico de um país desgovernado, no que a gestão económica diz respeito, onde o inconstante modus de governação tem deixado as contas públicas desequilibradas. Como combater este mal? Certamente que, não passa por dizer umas quantas tonterias acerca do Governo anterior, porque por aí é o caminho que se tem seguido ultimamente e o que se tem assistido é a um cada vez maior abandalhar da situação. O arranjar de um culpado - bode expiatório - parece fazer com que o assunto perca relevância, parece que o assunto ganha epíteto de desculpabilidade e, desse modo, o empenho na resolução do problema esmoreça. É como ir a uma oficina arranjar o carro e o mecânico dizer: "Não o trouxe cá da última vez, não é? Isto está uma lástima, vamos lá ver se terei tempo para o arranjar ainda esta semana."
Governantes deste país, quando irão vocês agir a sério, em busca de reais resultados positivos?

O aumento dos combustíveis é outra coisa arrepiante. Lembro-me de, há relativamente pouco tempo, os portugueses ficarem incrédulos com o facto de, a gasolina ter atingido a fasquia de 1 euro/litro. Hoje em dia, em Portugal, olha-se para o quase 1 euro/litro do gasóleo sem reclamar e - espante-se - já ninguém sequer sabe o valor exacto do preço da gasolina, tais as constantes oscilações do seu preço, onde um depósito cheio é em vinte números superior, em euros, aos litros metidos. Um autêntico roubo. Sem tencionar fazer graçolas, mas até a TAP se queixa de uma grande quebra nos seus lucros.

A falta de água que assola Portugal parece coisa de África. As princípais barragens estão abaixo do seu nível normal, mas a preocupação em poupar parece ter atingido somente uns quantos portugueses que poupam por si e pelos outros. Entretanto, uns regam jardins, há fontes a deitar água sem que algo seja feito para a aproveitar, e os que poupam passam por tótós pois fazem-no para outros esbanjarem.

Os incêndios. Metem medo. Mete dó. Ver casas a arder, pessoas a morrer, fábricas destruídas, floresta queimada, carros que ficaram em carcaça... Não sei se os governantes têm coração mole, mas sei que vi pela televisão várias pessoas que não me são nada e tive vontade de os ajudar, assim tivesse eu meios. Um senhor de idade avançada, que deveria era passar os seus dias em paz, apareceu a chorar, sacou do bolso um lenço que disse ser o único bem que lhe restou além da roupa do corpo. Este homem não morreu no incêndio, é um facto, mas quando a repórter diz que ele perdeu tudo, acertou. Ele vai viver como?
Não seria uma boa idéia dotar o país de mais meios técnicos e humanos? Uma boa remuneração dos bombeiros, seria sinónimo de maior número de meios humanos. Isto também seria apostar na prevenção, ou não?

É assim que eu hoje vejo este país. Triste país.

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