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quarta-feira, junho 16, 2004

Convicto e consciente! Esclarecido? 

Vamos por partes. Dizes que posso não estar muito à-vontade com o tema... Em primeiro lugar, qual tema? É que, eu li e reli o teu post "Fraquinho, fraquinho..." (acho que é um excelente título para o que nele dizes!), e, sinceramente, não encontro nele grande argumentação para aquilo que eu te disse ser um disparate!...
Tirando a questão do salazarismo e do nazismo, e do subsequente movimento de multidões, aliás o único ponto em que te centraste, não vi mais nada! Se bem me lembro, falavamos de CDS e do recém-falecido prof. Sousa Franco.

Mas, desculpa que te diga, se não soubesse que me irias responder ao post, "Pedro, o teu 'Morreu Sousa Franco II' é um disparate!", teria dificuldade em perceber a qual seria.

Mas já que falas tanto no nacional-socialista Hitler... Eu não estou aqui para o defender, nunca o fiz, não gosto da imagem, de nada que lhe esteja intrínseco, por isso não percebo onde queres levar a discussão...

Que me interessam a mim as imagens captadas por Leni Riefenstahl?
Pelo filmar de multidões? Isso não é mover multidões, é usá-las. Salazar também filmou com a Leni? Não me consta que o fizesse. Ele simplesmente não as movia.

Se queres um esclarecimento, à época, Hitler pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nurembergue (1934). A princípio ela recusou, tendo mais tarde voltado atrás na intenção realizando "O Triunfo da Vontade", um documentário glorificando Hitler.
Após a 2ª Guerra Mundial, Leni passou quatro anos presa num campo de concentração francês, acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tal nunca foi provado em tribunal. Nunca foi encontrada imputabilidade no apoio de Leni aos nazistas e o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazistas, mas que era politicamente ingénua e ignorava as atrocidades cometidas por eles.
Nestas ingenuidades talvez encontres a senhora rural (ou da lavoura) de que falas... e que, seguramente, optaria pelo teu, presumo que irónico, ruralismo em detrimento do nacionalismo.

Por fim, o 28 de Maio de 1926, que eu saiba, foi a queda da primeira República, instaurando-se a ditadura militar.
Em 1931 foi criada a União Nacional (que depois até mudou o nome para Acção Nacional Popular) e, em 1938, é criada a Legião e a Mocidade Portuguesa. Explica lá então, onde queres associar os meus comentários com aquilo que dizes. Eu não defendo ninguém desta trupe...

Ah, já agora, não entendi essa piada das revistas cor-de-rosa. Referias-te ao Carrilho, ao Sócrates ou à família Soares a mostrar o mais recente rebento?

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