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segunda-feira, maio 03, 2004

Resposta ao post "Parece mau perder..." 

Pois é, Pedro, não concordo nada contigo. Mas vamos por partes:

Zapatero ganha as eleições por causa dos atentados. Ponto. Se é porque Aznar mentiu/ocultou/fingiu que desconhecia a origem, esse é um ponto que cresceu na mente dos eleitores, sem que tivessem qualquer certeza palpável de que assim era realmente.
O Governo de Aznar, caso estejas esquecido, foi aquele que maior combate deu ao separatismo basco da ETA. Os eleitores, ao irem votar, esqueceram-se, porque a terrível grandiosidade das explosões, pela sua proximidade temporal, assim o determinaram.

Quanto ao facto de Zapatero ser um cidadão desconhecido, esqueceste-te de transcrever, na totalidade, a minha frase. Como poderás constatar, o que eu disse, e reafirmo, é que Zapatero era um cidadão desconhecido internacionalmente! Durão, embora o seu passado fosse Maoista, corrigiu a tempo e terá verificado que essa posição não seria mais do que uma leviandade de juventude.

Também dizes isto: "antes de chegar a líder da oposição (facto que por si só basta como critério de notoriedade,)". Aqui ri-me. O teu camarada "Tozé" também é líder da bancada do maior partido da oposição. E depois? É por isso que lhe vou reconhecer notoriedade? Tu conheces os meandros, ou não? Não és católico, mas conheces a palavra padrinho, ou não? Pois...

Quanto ao facto de Durão, como dizes, "tudo ter feito para não querer as regiões", tenho a dizer-te, e acho que te deves lembrar, que eu também sempre fui contra as regiões, no módulo em que as queriam dividir. Não seria, contudo, por aí, que me pareceria mau liderar uma região (caso elas venham a existir), dependendo sempre da sua génese e objectivo.

No que diz respeito ao eixo Paris-Berlim-Madrid, claramente o preferiria a uma co-participação norte-americana, contudo, parece-me que este, para já, não faz sentido, pois, na minha óptica, este correria o risco de ganhar sobranceria sobre a restante Europa e, sinceramente, uma altivez com cunho germânico é coisa que dispenso.

A "cagufa", parece-me a mim que, se trata mais de uma reacção mental de sofrer consequências físicas. E, ao nível de Zapatero, é mesmo mental. Trata-se aqui do rompimento de Acordos Internacionais estabelecidos pelo anterior Governo. Se a melhor política fosse ceder ao terrorismo, Espanha, hoje, era um território bem mais pequeno. Teriam cedido perante o País Basco e este tornar-se-ia independente. Posteriormente, a Catalunha, talvez também o quisesse. Se não fosse a bem, as armas falariam e, lá teriamos a Catalunha a ter fronteira com Andorra e a Espanha a diminuir no mapa. Isto pode parecer um ponto de análise irónico, mas olha que não seria assim tão descabido.

Não se trata de Durão e Portas serem ou não corajosos. Trata-se, isso sim, de coerência. Durão e Portas seriam "frouxos", como dizes, se cedessem. Com isto não estou a defender a permanência intransigente das tropas no Iraque. Apenas acho que, sendo já retiradas, seriam tomadas, aí sim, como "frouxas". Espanha retirou-se. Agora é um país seguro?

A "guerra" com Sampaio... Será uma maneira suave de retirar permanecendo no território? Aí entendo-te. Vá lá...

Por fim, esta tua frase: "É na capacidade de decidir, e em especial contra os mais fortes, que se vê a coragem dos políticos, não de qualquer outra forma!" Tu até gostavas do Guterres, não era?

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