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quarta-feira, março 03, 2004

Resposta ao post 516 e 517
Li no Bloguítica que quem defenda Paulo Portas, na sua acusação a Louçã (por se pautar por um "terrorismo intelectual"), é um caramelo. Pois é, caro P. Gorjão, de Badajoz não sou e, caramelos, tal como essa expressão, confesso que me são indiferentes, mas cabe aqui explicar-lhe o que está em causa. "O que não se explica às pessoas, e isso é que é grave do ponto de vista da substância, é que em 1982 a lei era totalmente proibitiva. E eu tive uma atitude, liberal se quiser, que foi dificilmente compreendida em sectores onde eu partilhava opiniões políticas na área do centro-direita - havia muita gente que não pensava como eu e ainda hoje não pensa como eu - mas eu defendia uma posição mais moderada, uma posição mais aberta uma solução que veio a ser encontrada, aliás, no quadro da lei de 1984 onde há excepções". As palavras são do próprio ministro. Mas para que entenda melhor:
"Em 1982 a lei portuguesa criminalizava qualquer circunstância relativa ao aborto e eu sempre entendi que, as mulheres que abortavam, em resultado de uma violação, em resultado de uma má formação do feto, em resultado de risco de vida para a mãe, tinham de ser tratadas e consideradas de uma forma muitíssimo especial por razões de humanidade evidente e, portanto, nunca defendi a penalização em todas as circunstâncias. O Dr. Louçã não diz que este artigo é de 1982, quando a lei era proibitiva em todas as circunstâncias. Eu lutei por uma certa abertura da lei e fui sempre a favor da solução de 1984 e mantenho-me hoje a favor da lei de 1984". O que Louçã não disse ao país (não convém) é a parte que está a bold. Percebe agora que, afinal, mesmo não concordando com a expressão, há uns rebuçados que ainda nos explicam umas coisas...

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